Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade
Apenas numa sociedade normatizada e dominada pela disciplina “transgredir” se torna sinônimo de liberdade. E assim como tudo na vida, a educação tem que ser libertadora; tem que ensinar como se livrar das amarras do patriarcado, do sexismo, do racismo, das diferenças de classe e de gênero. Em suma, tem que ensinar a transgredir. Isso é o que apresenta bell hooks nessa obra que fala abertamente sobre ensino, mas não só isso. Diversos temas contemporâneos e muito pouco explorados na sala de aula são expostos pela autora como estratégias para manter a aula um ambiente acolhedor e atualizado. Um desses exemplos explorados já nos últimos capítulos do livro diz respeito aos afetos. Ao invés de camuflados por uma capa de racionalidade que caracteriza o intelectualismo acadêmico e pedagógico, hooks defende a expressão de sentimentos no ambiente de ensino. Ao invés de ameaçadores, os sentimentos proporcionam a saudável aliança entre mente e corpo. Nesse sentido, a ausência do “corpo” na sala d