Wolf Hall
Wolf Hall principia com um imperativo “Agora levanta daí” que inicialmente Hilary Mantel pensou ser um comando para si mesma, mas depois percebeu ser direcionado a Thomas Cromwell. Pelo começo da narrativa é possível perceber que se trata de uma obra de fôlego: não apenas porque o primeiro capítulo já convida o/a leitor/a a perscrutar a turbulenta vida do jovem Thomas Cromwell como porque os diálogos bem escritos e ágeis dão um dinamismo ímpar ao livro de mais de 500 páginas. Inclusive, segundo alguns comentários de leitores/as, os diálogos foram apontados como principal razão de desagrado, uma vez que seriam excessivos e inúteis. Esse tipo de crítica me leva a crer que há pessoas ainda muito ortodoxas no que diz respeito à escrita literária, já que o que Mantel oferece é antes de tudo uma forma completamente diferente e desafiadora de consumir literatura. Nesse sentido, os diálogos são essenciais para dar o dinamismo a que me referi antes e para desenvolver toda a trama. É verda